quarta-feira, dezembro 01, 2010


Marley & Eu

O livro Marley & Eu conta a vida de um cachorro que apronta todas e que come de tudo. John Grogan relata no livro sua vida ao lado do pior cão do mundo. Ele e sua esposa Jenny Grogan vivem uma aventura ao lado de Marley.
No livro antes do 1º capítulo tem o prefácio, que conta a seguinte história:
O cão perfeito
No verão de 1967, quando eu tinha dez anos de idade, meu pai cedeu aos meus insistentes pedidos e levou-me para comprar meu próprio cachorro. Fomos juntos na caminhonete da família até uma boa distância do centro urano dentro do Estado de Michigan numa fazenda dirigida por uma mulher bem roceira e sua mãe muito velha. A fazenda produzia apenas uma mercadoria - cachorros. Cachorros de todo tipo, tamanho, idade e temperamento imaginável. Eles possuíam apenas duas coisas em comum: todos tinham procedência totalmenteindistinta e desconhecida, e poderiam ser levados a qualquer hora para um novo lar. Estávamos mum nicho de cães.
- Pense bem, meu filho - disse papai. - Quem você levar hoje vai viver com você por muitos e muitos anos.
Rapidamente decidi que os cachorros mais velhos deveriam ficar com outras pessoas. imediatamente corri para a gaiola dos filhotes.
- Você vai escolher um que não seja tímido - meu pai caçoou. - Faça barulho nas grades e veja quais deles não se assustam.
Agarrei as barras da gaiola e bati com força. Cerca de uma dúzia de filhotes se assustaram e correram para o fundo, caindo uns por cima dos outros, embolando-se todos. Apenas um não se mexeu.
Ele era dourado com uma mancha branca no peito e avançou sobre a grade, latindo sem medo. Ele saltou e lambeu meus dedos avidamente através das barras de ferro. Foi amor à primeira vista.
Eu o trouxe para casa numa caixa de papelão e chamei-o de Shaun. Ele era o tipo de cachorro que marca todos os outros cachorros. Aprendeu sem esforço tudo que lhe desse permissão. Ele me atendia quando eu o chamava e ficava parado quando eu ordenava.
Poderíamos deixá-lo passear à noite, sabendo que retornaria depois do passeio. Nem sempre o deixávamos sozinho, mas poderia ficar em casa por horas sem companhia, confiantes de que não se machucaria nem mexeria em nada. Ele corria atrás de carros sem caçá-los, e andava ao meu lado sem coleira. Ele conseguia mergulhar até o fundo do nosso lago e emergir com pedras tão grandes na boca que às vezes ficavam presas em sua mandíbula. Ele amava andar de carro e ficava sentado quietinho no banco traseiro ao meu lado durante as viagens de família, feliz de passar horas olhando pela janela para tudo que havia do lado de fora. Talvez o melhor de tudo, eu o treinei para ele me puxar de bicicleta pela vizinhança, fazendo com que todos os meus amigos me invejassem. Ele nunca me levou para nenhum lugar perigoso.
Ele estava comigo quando quase fumei meu primeiro (e último) cigarro e quando beijei minha primeira namorada. Ele estava bem do meu lado no banco da frente quando saí escondido com o carro do meu irmão mais velho para dar minha primeira volta no quarteirão.
Shaun era espirituoso, porém controlado, amoroso e calmo. Ele era educado a ponto de se esconder atrás de um arbusto para fazer suas necessidades, deixando apenas a cabeça para fora. Graças a esse seu hábito salutar, nosso gramado era imaculado para inadvertidos pés descalços.
Nossos parentes vinham nos visitar nos fins de semana e voltavam para casa decididos a comprar um cachorro para eles, de tão impressionados que ficavam com Shaun - ou São Shaun, como comecei a chamá-lo. Esta era uma piada caseira, mas quase acreditávamos nela. Nascido sob a maldição da falta de linhagem, ele era um entre dezenas de milhares de cães indesejados da América. mas, por um golpe de sorte praticamente providencial, tornou-se querido. Ele entrou na minha vida e eu na dele - e como resultado, ele me deu a infância que todo garoto merece.
Nosso caso de amor durou quatorze anos, e quando ele morreu eu não era mais aquele menino que havia trazido para casa naquela tarde de verão. Eu era um homem crescido e formado, e que já trabalhava no meu primeiro emprego de verdade do outro lado do Estado. São Shaun ficou para trás quando me mudei. Aquele era o lugar dele. Meus pais, que nessa época já estavam aposentados, ligaram-me para me dar a notícia. Minha mãe, mais tarde, me diria:
- Em cinquenta anos de casamento, só vi seu pai chorar duas vezes. a primeira quando perdemos Mary Ann - minha irmã, natimorta - ; a segunda, quando São Shaun morreu.
São Shaun da minha infância. Ele era o cão perfeito. Pelo menos, é com sempre me lembrarei dele. Foi Shaun que estabeleceu o padrão pelo qual eu julgaria todos os outros cães que vieram depois dele.
Sinopse do livro
John e Jenny haviam acabado de se casar. Eles eram jovens e apaixonados, vivendo em uma pequena e perfeita casa e nenhuma preocupação. Jenny queria testar seu talento materno antes de enveredar pelo caminho da gravidez. Ela temia não ter vindo com esse dom no DNA, justamente porque matara uma planta, presente do marido, por excesso de cuidado - afogando-a. Então, eles decidiram ter um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley, ao tomar contato com uma ninhada, porque também ficam encantados com a doçura da mãe, Lily; só depois têm uma rápida visão do pai, Sammy Boy, um cão rabugento, mal-encarado e bagunceiro. Rezam para que Marley tenha puxado à mãe, porém suas preces não são atendidas. A vida daquela família nunca mais seria a mesma.
Marley rapidamente cresceu e se tornou um gigantesco e atrapalhado labrador de 44 kg, um cão como nenhum outro. Ele arrebentava portas por medo de trovões, rompia paredes de compensado, babava nas visitas, apanhava roupas de varais vizinhos, e comia praticamente tudo que via pela frente, incluindo tecidos de sofás e jóias. As escolas de adestramento não funcionaram - Marley foi expulso por ter ridicularizado a treinadora.
Mas, acima de tudo, o coração de Marley era puro. Da mesma forma que ele recusava alegremente qualquer limite ao seu comportamento, seu amor e lealdade também eram ilimitados. Marley repartia o contentamento do casal em sua primeira gravidez e sua decepção quando sobreveio o aborto. Ele estava lá quando os bebês finalmente chegaram e quando os gritos de uma adolescente de dezessete anos cortaram a noite ao ser esfaqueada. Marley fechou uma praia pública e conseguiu arranjar um papel num filme de longa-metragem, sempre conquistando corações ao mesmo tempo em que bagunçava a vida de todo mundo. Por todo esse tempo, ele continuou firme, um modelo de devoção, mesmo quando sua família estava quase enlouquecendo. Eles aprenderam que o amor incondicional pode vir de várias maneiras.

O livro que teve o 1° lugar no The New York Times e o maior número de vendas no Brasil e no Mundo virou filme. John Grogan, interpretado por Owen Wilson e Jenny Grogan interpretada por Jennifer Aniston, vivem a vida de um jovem casal analisando a hipótese de aumentar a família. E aí chegou Marley... um Labrador adorável, mas também incontrolável, que é expulso da escola de treinamento para cães e, do dia para a noite, transforma a casa do casal numa área de desastre. Em meio ao pandemônio que Marley cria ao longo dos anos, ele acompanha a família nos pontos altos e baixos da vida - e eles acabam percebendo que "o pior cão do mundo" de algum modo traz à tona o que há de melhor neles humanos.

Leiam o livro e assistam o filme, eu recomendo!
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